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Novos arranjos institucionais para promover a inovação são tema de palestra no último dia dos EU 2020

Que caminhos a universidade brasileira pode trilhar para aprimorar seu modelo de inovação tecnológica? Que novos arranjos são possíveis e qual o próximo passo para a difusão do conhecimento? Questões como essa foram abordadas na palestra “Novos arranjos para promover a inovação nas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs)”, apresentada pela Profª Juliana Crepalde, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que deu início à programação do último dia dos Encontros Universitários (EU) 2020 da Universidade Federal do Ceará, encerrados nesta sexta-feira (12).

Juliana Crepalde é coordenadora de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG e diretora do Fórum dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC). O evento contou com a participação do Prof. Rodrigo Porto, pró-reitor-adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação da UFC, e de Ana Carolina Matos, coordenadora de Inovação Tecnológica da UFC.

Além dos modelos tradicionais de arranjos (como pesquisa & desenvolvimento, transferência de tecnologia, prestação de serviços e compartilhamento de equipamentos), a professora destacou as possibilidades criadas por arranjos como alianças estratégicas e ambientes de inovação. “Um acordo de parceria é um instrumento muito importante. Mas ele precisa ter um objeto e entregas muito específicas”, disse. “Já com a aliança estratégica, você pode construir com a empresa, criar um ambiente de inovação dentro das nossas universidades”.

A pesquisadora citou o caso do Ambiente Temático Catalisador de Inovação (ATCI), novo arranjo estruturado na UFMG baseado justamente nesses conceitos. Os ATCIs abrem espaço para uma gama de interações com as empresas, como prestação de serviços tecnológicos; realização de atividades de P&D; compartilhamento de infraestrutura e capital intelectual; capacitação e treinamento; geração e apoio de spin-offs; geração de ativos de propriedade intelectual; e licenciamento de tecnologia, dentre outras.

A professora citou dois cases de ATCIs na UFMG. O primeiro reúne o Laboratório de Ensaio de Combustíveis (LEC), da Universidade, e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (CODEMG) na área de combustíveis de aviação. O segundo envolve o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Midas e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em projetos na área ambiental.

Para a Profª Juliana Crepalde, esse é o próximo passo que as ICTs devem dar. “As interações lineares precisam continuar acontecendo. Mas o desafio maior é incrementar esses arranjos para a gente potencializar e ter uma difusão maior”, disse. Na sua avaliação, isso significa que as ICTs precisam criar mecanismos de atração das empresas e facilitar modelos e negociações.

Acesso ao vídeo da palestra: https://www.youtube.com/watch?v=fxTDknCoQk4

Fonte: Comissão Executiva dos Encontros Universitários 2020 ‒ e-mail: encontrosuniversitarios2020@ufc.br